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N\u00fameros coletados pelo novo \u00cdndice de Prepara\u00e7\u00e3o para Ciberseguran\u00e7a, publicado pela Cisco, mostram que apenas 5% das organiza\u00e7\u00f5es brasileiras contam com uma prepara\u00e7\u00e3o madura de resili\u00eancia Cibern\u00e9tica. A porcentagem est\u00e1 acima da m\u00e9dia mundial de 3%, mas evidencia um mercado ainda no in\u00edcio da jornada de Seguran\u00e7a proativa, apesar de ser um dos alvos mais visados pelo cibercrime.<\/p>\n
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Essa descoberta se mostra ainda mais cr\u00edtica quando colocada no contexto mais amea\u00e7ado por agentes hostis. 54% dos profissionais de SI entrevistados dela pesquisa estimam que um incidente cibern\u00e9tico causar\u00e1 danos ao seu neg\u00f3cio nos pr\u00f3ximos dois anos. Desse mesmo conjunto, 43% afirmaram j\u00e1 ter sofrido um incidente, e 37% estimaram perdas de pelo menos US$ 300 mil.<\/p>\n
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No entanto, o \u00cdndice de Prepara\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m indicou que 82% das organiza\u00e7\u00f5es brasileiras est\u00e3o confiantes ou muito confiantes em suas capacidades de se manter resilientes no atual cen\u00e1rio de Seguran\u00e7a. Para o Vice-Presidente executivo da Cisco, Jeetu Patel, esse excesso de confian\u00e7a sem evid\u00eancias claras sugere falta de avalia\u00e7\u00e3o adequada dos desafios de Cyber.<\/p>\n
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\u201cEstamos vendo uma falta de correla\u00e7\u00e3o preocupante entre o n\u00edvel de maturidade e a falsa sensa\u00e7\u00e3o de seguran\u00e7a nas organiza\u00e7\u00f5es brasileiras e latino-americanas em geral. Hoje, as pr\u00f3prias infraestruturas est\u00e3o reduzindo a agilidade na resposta e recupera\u00e7\u00e3o, pedindo maior aten\u00e7\u00e3o nas avalia\u00e7\u00f5es internas de maturidade\u201d, afirmou Patel, em coletiva de imprensa para apresenta\u00e7\u00e3o do estudo, realizada hoje (04).<\/p>\n
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Como forma de calcular o n\u00edvel de prepara\u00e7\u00e3o das organiza\u00e7\u00f5es, o \u00edndice considerou cinco pilares de solu\u00e7\u00f5es e recursos \u2014\u00a0Intelig\u00eancia de Identidade; Resili\u00eancia de Rede; Confiabilidade de M\u00e1quinas; Refor\u00e7o de Nuvem; e Fortalecimento de IA \u2014\u00a0em processo de implementa\u00e7\u00e3o pelos mais de 8 mil l\u00edderes corporativos e de Seguran\u00e7a consultados, estabelecendo-os entre iniciante, formativo, progressivo e maduro.<\/p>\n
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Apesar de as m\u00e9dias de maturidade brasileiras em cada um dos pilares esteja acima dos n\u00edveis globais, o padr\u00e3o j\u00e1 naturalmente baixo exige que as empresas repensem suas estrat\u00e9gias visando uma evolu\u00e7\u00e3o mais acentuada. Conforme afirma Ghassan Dreibi, L\u00edder de Seguran\u00e7a da Cisco para a Am\u00e9rica Latina, essa virada de chave deve ir al\u00e9m de aumentar os investimentos em Cyber.<\/p>\n
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\u201cEstamos percebendo uma evolu\u00e7\u00e3o positiva nos budgets direcionados \u00e0 Ciberseguran\u00e7a no Brasil, com 41% dos profissionais relatando aumentos significativos nos investimentos. No entanto, \u00e9 necess\u00e1rio tamb\u00e9m responder aos desafios j\u00e1 existentes nas equipes e nas infraestruturas de prote\u00e7\u00e3o, reduzindo a complexidade da infraestrutura e combatendo o gap vis\u00edvel de talentos\u201d, enfatizou o executivo.<\/p>\n
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De fato, segundo apurou o \u00cdndice, 58% admitiram que possuem 10 ou mais solu\u00e7\u00f5es inclu\u00eddas em seus sistemas, e outros 20% apontaram para mais de 30 solu\u00e7\u00f5es nos ecossistemas. Devido a isso, 75% alertam que haver quantidades t\u00e3o grandes de ferramentas dispon\u00edveis atrasam as capacidades de seus times em detec\u00e7\u00e3o, resposta e recupera\u00e7\u00e3o de um incidente.<\/p>\n
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\u201cEssa baixa consolida\u00e7\u00e3o justifica a percep\u00e7\u00e3o irreal de Seguran\u00e7a Cibern\u00e9tica, quando na verdade, o aumento da complexidade deveria indicar o contr\u00e1rio. N\u00e3o podemos subestimar a amea\u00e7a representada pelo nosso pr\u00f3prio excesso de confian\u00e7a, e as organiza\u00e7\u00f5es de hoje precisam priorizar os investimentos em plataformas integradas\u201d, arrematou Patel.<\/p>\n
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Elevando a Maturidade<\/strong><\/p>\n Considerando as descobertas apresentadas, os executivos da Cisco elencaram cinco sugest\u00f5es para que as empresas e lideran\u00e7as de SI possam orientar uma jornada ampla e veloz de crescimento da maturidade. O primeiro passo \u00e9 estabelecer bases para avaliar a capacidade de prepara\u00e7\u00e3o contra um ataque, e a partir desse valor descoberto, deve-se monitorar o avan\u00e7o ao longo da jornada.<\/p>\n \u00a0<\/p>\n Uma vez estabelecida a visibilidade sobre a maturidade, \u00e9 necess\u00e1rio focar em diminuir a complexidade das estruturas de prote\u00e7\u00e3o, bem como desenvolver processos de aplica\u00e7\u00e3o de patches contra vulnerabilidades, reduzindo o tempo em que estas permanecem expostas a explora\u00e7\u00f5es diversas. Recomenda-se ainda energizar as capacidades de an\u00e1lise dos alertas de Seguran\u00e7a com ferramentas de IA.<\/p>\n \u00a0<\/p>\n \u201c\u00c9 igualmente v\u00e1lido, ainda, aplicar parte de seu investimento no incentivo a novos talentos para a pr\u00f3pria empresa, direcionando seus colaboradores a cursos de especializa\u00e7\u00e3o ou mesmo criar canais de contato com o mundo acad\u00eamico, gerando de novos profissionais de Cyber desde a forma\u00e7\u00e3o superior. A partir disso, se reduz a lacuna de m\u00e3o-de-obra e amplia a capacidade de resposta da Ciberseguran\u00e7a\u201d, conclui Dreibi.<\/p>\n<\/p><\/div>\n